Nessa viagem só de ida
que contigo desando a descobrir
em cada pequeno passo do caminho
que singelos revelam tudo aquilo que
sentimos, sem precisar de explicação.
Hei de permanecer nessa constante
ainda que me relatem
que a mudança é iminente
que a necessidade é transitória
e que eventualmente se torna desencontro.
Deus me livre dessa descrença
de que o amor tende a findar
de que a rotina descolore a vida
e nos impede de se encontrar.
Eu que me acho todos os dias
no teu sorriso
e me enxergo a partir do teu ponto de vista
Sei que só há uma partida permitida:
Essa que eu (me) reparto e me multiplico
Cada vez mais dentro de mim mesma
Pra te fazer caber por inteiro
Nessa complexidade de desejos
que ora é realidade
Ora futuro
de tudo aquilo que sem saber já somos:
Verdadeiro presente dentro do peito.
Nessa estrada mansa
Que se trilha pacientemente depressa
Me faço promessa de nunca deixar de ser
O principio e o fim de tudo isso.
Todavia, habitamos no intervalo
de uma peça de teatro
com roteiro bem escrito e desenrolado
que com leveza envolve em afeto
quem se permitir parar pra assistir.
Somos personagens principais dessa história
e há de ser assim até o fechar das coxias
que quando apagam o palco
Iluminam a vida
Nos fazendo encenar os papéis
mais importantes a serem desenvolvidos:
Aquilo que realmente somos
Eu e você.
Um no outro.
Sem precisar fingir.
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