Nesse desalento que tem sido teus embalos
Entre saudades e descasos
Eu resolvi partir
Pra não mais voltar.
Eu não sei porque tanto silêncio
Tanta noite vazia desperdiçada
Não sou mais companhia bem quista
Muito menos causa do teu sorrir
Já não caibo no teu abraço
Que outrora me esquentava a alma
Já tem tanto que me afastas
Que eu sequer te encontro.
É tão doída a solidão sentida do lado de outro alguém
Desenvolvi o dom da invisibilidade
Como produto esquecido no canto da prateleira
Que só é lembrado quando convém
E nesse teu vai e vem de tanta autonomia
Em que teus pensamentos são tuas melhores companhias
E qualquer outra pessoa tua distração,
Desapareço no teu tanto faz
Que hoje sabes tão bem dar.
Faço as pazes de novo com a solidão
Talvez já não haja amor pra mim nesse mundo
Talvez insistir continue sendo essa tortura
De sempre faltar uma parte
Sobretudo, minha.
já não me contento com o pouco
De quem mesmo podendo, não quer dar.
Por isso, não mais insisto como outrora
Pois quem uma vez me abriu a porta
Hoje a deixa escancarada pra partida
E nesse tom de despedida, digo:
Adeus, meu bem.
Agradeço a lembrança sobre sofrimento.
A partir de hoje seguirei egoísta.
Guardando todo meu amor somente pra mim.
[e aí de mim que me perca outra vez...]
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