terça-feira, 10 de setembro de 2019

Ausência

Tem me faltado palavras
pra explicar a tua presença 
nesses dias tão sós.
Em que o sol já não esquenta
E o lençol não mais protege
do vento gelado que me cerca e me congela,
paralisando meu corpo
Sem conseguir acalmar toda essa maresia 
Que me revira o estômago 
e me turva a visão.
Tens habitado dentro de mim
Me entorpecido a mente
Nesse conflito exaustivo
De não saber se te tiro
Ou te vivo 
Nas memórias desses dias que já não voltam mais.
Há tanto de nós que foi desatado
Que insisto em te amar(rar) em mim feito laço, 
que facilmente se solta e se desfaz (de novo).
Na tela preta de um olhar fechado
Te enxergo palpável e quase posso sentir
Tudo aquilo que depois tanto tempo eu não quis largar.
No meio dessas frases soltas
Sem qualquer coesão e total incoerência
Ratifico a vontade de te tirar das entrelinhas
E te fazer personagem central
Da história mais bela que eu não soube escrever.
São desses rabiscos tortos
E tantas folhas amassadas
Cheias de histórias que não nos pertencem
Que reticencio meus versos
Na esperança de não sermos ponto (a)final.
Quem sabe assim minha inspiração retorne
E as palavras não mais me faltem
Quem sabe assim, 
tu(do) retorne ao seu devido lugar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário