(In)evitável

Em uma tristeza quase superada.
Era assim que eu me encontrava,
quando você apareceu.
Na mais pura inocência de um amigo,
que, preocupado comigo,
buscava compreender o que ocorreu.
E no divagar dos pensamentos
ali compartilhados,
houve um desatino louco do acaso
transfigurando nosso modo de ver
destruindo a razão.
Que apresentando resistência,
permaneceu em um conflito aparente,
de gostar ou não
ou simplesmente:
se permitir.
A viver o (in)evitável
a compreensão mútua,
quase inacreditável
de quem sempre esteve ali
sem nunca se perceber.
.
.
.
Há o tempo de resolver
os problemas vindouros
que o gosto da tua boca me causou
Enquanto isso:
fico,
te sinto,
e repito.

[Sem data pra acabar]