terça-feira, 26 de junho de 2018

14.03.2018

Tenho te vivido nos detalhes
De um dia comum em que já não estás
No volume exato do som
Da música lenta que faz o coração transbordar
Tenho te sentido em cada canto
Em cada verso que me falta
Em cada choro preso na garganta
Em cada notícia que já não chega
Tenho te perdido aos poucos
E meu bem
Que medo!
Ah, que medo de já não mas ser o plural mais bonito que construí
Eu sei ser singular,
Porém, não quero
E não nego o desejo de ter por perto
Eu tento de longe recolher teus pedaços, pra te fazer inteiro de novo e simplesmente te ter.
Quisera o bem (me) querer outra vez
E ser morada, de porta fechada pra não mais precisar ir.
É...é tudo culpa dos detalhes
Que me fazem te ver nos cantos
E nas notas mais afinadas
Cheias de bom tom.
A casa não é mais a mesma,
O doce anda um tanto amargo
E eu aprendo a não ter pressa
Faço as pazes com as horas
Quem sabe assim não demora
E tudo volta ao seu lugar.
É amor, quanta importância moram nos detalhes.
Sao eles que te fazem,
Ser exatamente quem és,
Seja no dobrar do lenço ou tocar inclinado.
Tenho respirado saudade
Nessa imensidão que não me cabe
E que insiste em tentar caber

Tenho respirado saudade...

(O tempo todo, enquanto houver amor)

Nenhum comentário:

Postar um comentário