quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

[subentendido]

Devolvo em riso
todo mal que me é desejado
permaneço no jardim do amor
no bem-me-quer eterno
de um olhar apaixonado.
Exalo perfume doce
a quem só de chuva é regado.
Permaneço sol.
A sós.
Ainda que perdure a tempestade.
Faço-me rosa.
De tonalidade única
que colore de azul
a paz que habita em mim.
Não me encubra com ervas.
Sufocando meus versos
Descrevendo-me em dor.

Não.
Não me regue mais 
com as (tuas) águas impuras
de um sofrido antigo amor. 
Que sofreu por não ser cultivado.
Ao invés, foi esmagado.
Destruído pelo seu próprio temor.
Encanta-me o renascer
a beleza do (meu) desabrochar
sob o sol que me faz cócegas,
e me (trans)planta para um melhor lugar.
Sou bem-me-quer de mim mesma
Floresço essência verdadeira
nesse meu vasto jardim
aonde mal não se cria.
Então silencio...
Deixo subentendido...


[Só sei brotar de amor.]

Um comentário:

  1. Que bela,que delícia sua cadência,é como uma glória ler algo assim...você encanta de tanto talento!

    Abraço!

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