Te carrego dentro de mim
como criança que agarra seguro
seu brinquedo preferido.
Não há uma parte minha
que queira (te) soltar
e ainda sim, me escapas pelas mãos.
Choro
entre essas lamentações e angústias
levanto desesperada atrás de ti
ou de qualquer coisa que me remeta
aos momentos que dividimos em silêncio
e que faziam o peito transbordar.
É tão estranho o vazio que ficou
parece faltar algo a todo momento
o tempo bate dessincronizado
e meu corpo sofre como quem
tem uma parte sua amputada.
e Dói...
...cada segundo que não te encontro
em cada canto que fazias teu,
em cada movimento agoniado
em cada respiração cansada
e em cada sono tranquilo
em que eu não me mexia só pra não te despertar.
Nossa rotina, que até os últimos dos dias
foi repleta de abraços apertados,
hoje deixar assim o peito
sufocando e dificultando a respiração.
Ainda não aprendi a viver nesse silêncio
à falta de resposta aos meus escândalos apaixonados.
Porque ainda sigo aqui
te amando por inteiro dentro de mim
e sendo saudade
desde que te deixei ir...
...e fostes, cedo demais pra eu saber suportar.