segunda-feira, 24 de agosto de 2015

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Em cada canto,
Espanto.
Pra longe de mim
Todo mal.
Me quer(o) bem.
Sempre em frente.
Dois passos pra trás
Avanço.
Entre uma dose de fé
E duas de amor.
Sorrio.
Só.
Se for bem acompanhada,
Agradeço.
Deixo incompleto
o que de vida preencho
.
.
.
Felicidade não é fim.
É meio.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Beija-flor

Subsisto na tenuidade existente do ser,
Que em milésimos de segundo desaparece
No bater de asas mais belo que há.

Saio de flor em flor procurando me cativar 
Entre as mais belas cores procuro motivos
Qualquer coisa que me faça pairar.

Se por sorte encontro,
Esse encanto que me adocica a vida
Afogo-me por inteira de néctar
E transbordo até que a última gota que reste em mim
seja Amor.

Coletado em flores que me fazem vasto jardim
As mesmas que em tom de amizade
Enchem minha vida de verdade e cor. 

Então,
Naquele mesmo milésimo de segundo
Em cada centímetro ínfimo do meu corpo 
Crio lei: Faço do bem rotina
Beijo-flor, por onde quer que eu voar.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Sou

Me encontro em meio as palavras, 
metrificada nos meus versos livres, 
de rimas pobres e 
sozinhas. 

Encontro nas entrelinhas
o sentido das minhas confusões, 
viro predicado, 
pro (meu) sujeito não permanecer mais 
só. 

A sós, 
desvendo meus próprios mistérios, 
me faço laço e desato 
a andar sem direção. 

Já não me encaixo em poucas linhas, 
almejo mais, 
Me torno mais do que sou. 

Aceito-me por inteira, 
não sou mais metade, 
só fico ao lado de quem (me) transborda 
e gosta, principalmente, das imperfeições. 

Respiro prosa, 
mas vivo poesia, 
esse bem necessário que me colore
mesmo sem cor. 

Mostro-me nua, 
sem meias verdades, 
em um mundo de aparências, 
em que o ter sobrepõe-se ao ser. 

Todavia, sou. 
Constante metamorfose, 
essência fiel de mim mesma, 
traduzida em versos, 
sem qualquer pretensão. 

Abraço assim a vida, 
vivo de acordo com a premissa:
Amor à liberdade, 
real plenitude de ser.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

(A)mar

Feita em brisa, 
Beijava o mar 
Acariciando-o devagar
Sem pressa.

Pressenti o envolvimento
Vi o laço, o amor nascendo
Fez maré de ondas
Profundeza de sentimento

Olho e penso: 
"Que desenvoltura"
Admiro esse amor 
Sem censura
Entre o céu e a terra
Entre a brisa e o mar

Amor esse que,
Me agita por inteiro.
No íntimo, um desejo:
Desaguar (ou)
Transbordar?

Deságuo.
Onde o sol abraça o mar
Avisto horizonte de poesia
Transbordo em fim.
(Re)começo, aprendo a nadar.

Nado. 
Até encontrar...
Sinto a brisa
Eu oceano
Ele céu.
Conjugo-nos em verbo:

A m a r.